11 de Novembro de 1987
No dia 11 de novembro o Som Metal Mania promoveu o 1º Encontro Rock no Ipê com a participação de três bandas: Céu de Indra e Alarme Falso (São Marcos) e Banda de Porão (Antônio Prado). O evento aconteceu no Clube Ideal.
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Comentário de Rogério Marcon na edição nº 246 do Jornal Prisma,
em 24 de Outubro de 2001.
O final de semana promete.
Neste sábado uma grande atração vai
agitar o Clube Ideal. Uma das bandas de rock
de maior sucesso no momento no estado, entre
o público juvenil, a Tequila Baby, estará se
apresentando em Ipê numa promoção da
Atlântida FM e Clube Ideal. Será, sem sombra
de dúvidas, uma das atrações artísticas mais
caras, e de qualidade, entre as que já se apresentaram
no município em todos os tempos:
R$ 8 mil só a banda.
Pra ficar na história.
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No domingo acontece a 2a edição da
Festa dos Motoristas de Ipê. A programação
inclui torneio de futebol no campo do Seminário,
procissão motorizada com bênção dos
veículos, Missa Campal, almoço no Salão
Centenário, apresentações artísticas e show
com a dupla Vinicios e Mateus e reunião dançante.
Os festeiros são: Jorge Bernardi, Renato
Ceron, Altemir Dal`Acua, Deoclécio
Fochesatto, Ivan Nadal e Sérgio Toresan com
esposas e namoradas.
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Voltando ao assunto das bandas de
rock, Ipê está no roteiro dos artistas gaúchos
e é palco de bons shows.
E pensar que o início disso aconteceu
na metade dos anos 80, mais precisamente
em 1987, com o 1o Encontro Rock no Ipê com
a participação da Banda de Porão, de Antôprocesso
nio Prado e Céu de Indra e Alarme Falso, de
São Marcos.
Enganam-se os que pensam que foi
fácil promover o evento. Durante os ensaios,
à tarde, os músicos foram literalmente atropelados
por alguns freqüentadores do bar do
antigo Clube Ideal. No final do show, a Brigada
Militar foi acionada para intervir e entrou
no salão mandando todo mundo embora.
No momento em que se discute e se
observa a falta, ou revelação de lideranças,
ativas e criativas, atos como esses poderiam
servir de objeto de estudo para diagnosticar
as causas desta carência. Não é à toa que os
que estão na faixa etária entre os 30 e 40
anos, são tidos como integrantes da geração
perdida. Desvencilhados, quem teve a liberdade
sufocada pela ditadura, naquela década
acabaram sufocando e castrando o
surgimento de novos líderes em todos os segmentos
sociais.
Alguém tem dúvidas que Ipê sofre com
a falta de lideranças intimamente ligadas às
raizes da nossa comunidade? Como é nossa
afinidade com os dirigentes de nossas principais
instituições, ocupantes deempregos e
detentores de cargos públicos? Qual a origem
desta constatação? Será que é só falta
de oportunidade?
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Ah, os anos 80. Éramos felizes e não
sabíamos. Hoje, hoje somos pacatos cidadãos,
bem ao gosto dos moralistas da época.