Morreu neste dia 1º de setembro, aos 90 anos, o capuchinho
Frei Augusto Denardi. O religioso faleceu nas primeiras horas do dia, em Caxias
do Sul. Após uma celebração de despedida com confrades, o corpo foi levado para
Dois Lajeados, sua cidade natal, onde ocorre o sepultamento no jazigo da
família.
Frei Augusto ingressou no seminário em 1950 e fez sua
profissão religiosa em 1957, na cidade de Flores da Cunha. Três anos depois,
foi ordenado presbítero em Porto Alegre. A partir daí, dedicou-se a missões
populares, passando também por paróquias gaúchas em cidades como Vacaria, Ipê,
Canoas e também na cidade de Maracajá, em Santa Catarina.
Ao longo da vida, teve experiências fora do Rio Grande do
Sul e até no exterior. Entre 2004 e 2008, trabalhou na República Dominicana e,
depois, em diferentes estados da região Norte do país. Nos últimos anos, Frei
Augusto vivia na Casa de Saúde dos Capuchinhos, em Caxias do Sul.
Em Ipê, foi pároco de 1984 a 1989, com participação efetiva
no movimento pró-emancipação participando da formação da comissão de emancipação
em 1985, um ano após sua chegada. Em
1986 organizou a festa dos 50 anos da paróquia de Vila Ipê. No livro Vila Ipê
50 Anos de História, escrito por Miguel Alfredo Orth e Pedro Lucatelli, o
Pároco Frei Augustro Denardi deixou a seguinte mensagem na aba do documentário:
“Voltar-se ao passado, é uma maneira de viver. Todos
temos raízes no passado. Vivemos de sua herança. Trazer à memória o passado é
um incentivo e um compromisso, para viver o presente. O recordar o passado,
vivendo o presente, para projetar o futuro.”
...
...
“Fazemos votos que todos, ao lerem estas páginas (do
livro Vila Ipê 50 Anos de História) sintam a vontade de deixar também, nesta
terra querida de Vila Ipê, as marcas de sua passagem como o fizeram nossos
antepassados. Aos cem anos, então, nossa história estará madura e as futuras
gerações nos tornarão presentes pelo que fizemos e pelo que fomos como pessoas
cristãs.”
 |
Frei Augusto (D) em uma das celebrações do sacramento do Crisma ao lado do Bispo Dom Henrique Gelain |