18 de Março de 2006
Dia 18 de março, com a queda do telhado da sede da Entidade Assistencial Ipeense, acrescentou-se um novo capítulo à polêmica envolvendo o CIEEL (Centro de Integração, Educação, Esporte e Lazer), assim denominada a área, desde outubro de 1999, onde se localiza o Campo Municipal, Ginásio de Esportes, Creche e Entidade Assistencial Ipeense. A compra do espaço foi feito em 1997 com a finalidade, segundo a Lei 467/97, de servir para atividades do "gênero esportista". Uma fração deste terreno foi cedida a ecologistas através da aprovação unanime dos vereadores em 19 de dezembro do ano passado. Numa pesquisa verificando a história da Entidade, constatou-se a existência de duas outras leis: 569/98, de 28 de novembro de 1998 e 636/99, de 27 de outubro de 1999, cedendo terreno para a Entidade Assistencial Ipeense construir sua sede, e criando o CIEEL, respectivamente.Elas passaram despercebidas, não foram lembradas pelos vereadores nas sessões de dezembro e do dia 7 de março, esta última quando foi debatida a indicação do vereador Celso Carissimi (PP), propondo a troca do terreno a ser cedido aos ecologistas. Carissimi sugeriu a troca para não infringir a lei 467/97. Os vereadores da situação argumentaram que o prédio da Entidade e a Creche já descaracterizavam a referida lei, e que eram contra a indicação do vereador. Lembraram que aprovaram por unanimidade, sem contestação, o Projeto de Lei 069/05, cedendo terreno para os ecologistas construírem um Centro de Comercialização de produtos ecológicos. Para viabilizar a construção, em andamento, estava prevista a abertura de uma rua entre a Creche e o prédio da Entidade Assistencial.
O vice-prefeito José Schiavão (PDT), substituindo o prefeito Carlos, em férias desde o dia 22 até 20 de abril, anunciou que com a queda do telhado da EAI, o prédio será demolido, e aguarda o resultado conclusivo da perícia para em seguida, se for o caso, apurar as responsabilidades.
Lembrou que a placa em frente ao prédio fazia referência à administração 2001-2004, do então prefeito Darci Zanotto (PP). "Se foi colocado dinheiro público e a perícia apontar que a queda se deu por problemas na estrutura, é evidente que a responsabilidade recairá sobre quem construiu" - sentenciou Schiavão.
Alguns fatos que marcaram a EAI
1991 - A antecessora da EAI, a LBA (Legião Brasileira de
Assistência), sob a coordenação de Elda e Regina
Marcanzoni, organiza o Natal do Idoso e da Criança.
1993 - Loiraci Dutra Sartor, 1ª Dama do Município, assume
a coordenação da LBA. Cria comissões. As campanhas se
destinaram a compra de brinquedos para o parque, são
arrecadados ranchos e roupas para serem distribuídos.
1994 - Dia 4 de abril, sob a coordenação de Loiraci, é
fundada a Entidade Assistencial Ipeense. É criado o Clube
do Idoso que funciona numa sala cedida pelo Seminário.
1996 - Preside a Entidade Assistencial, Ivani Susin.
1998 - Dia 28 de novembro, pela Lei 569/98, a prefeitura
cede terreno para a Entidade Assistencial. Iremy Tieppo
Colombo preside a Entidade.
2000 - Dia 4 de março, debaixo de muita chuva, o frei
Eusídio Deon dá a bênção à pedra fundamental da Entidade.
Na mesma noite é lançado o Livro Ouro para arrecadar
fundos visando a construção da sede.
2001 - Junho, inauguração do prédio sede da Entidade
Assistencial Ipeense. Presidente da EAI, Geni N. Castagna.
2004 - 15 de dezembro, Odete Poltronieri Scopel assume a
presidência no lugar de Maria Guerra.
2006 - 18 de março. Desaba o telhado do prédio.
Obs.: No período são realizadas campanhas do vidro, papel, Nota Fiscal e pedágios para a construção da sede.
Fonte: Jornal Prisma e Informativo da Prefeitura