Levantamento feito pela Associação Comercial, Industrial, Serviços e Agricultura de Ipê (ACISA) junto ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontou que, no ano de 2020, o número de vagas geradas no município ficou com saldo positivo de 11 postos de empregos abertos no período. Indicou, também, de acordo com a RAIS 2019, que a remuneração média dos profissionais foi de R$ 2.156,71. Se individualizados, o comércio teve uma remuneração média de R$ 1.706,19, a indústria R$ 1.840,04, serviços R$ 2.459,92 e Administração Pública R$ 2.857,05. Com 1.101 empregos no município (em 31 de dezembro de 2019), os homens ficaram com 58,04% dos postos de trabalho, ao passo que as mulheres ocuparam 41,96%. Este universo possui a predominância de profissionais com idade entre 30 a 49.
Em 2020 a indústria, impulsionada pelo setor de móveis, foi responsável pelo maior saldo de contratos:33, enquanto serviços e o comércio registraram as maiores quedas: -18 e -14 postos respectivamente.
PAINEL SEGUNDO INFORMAÇÕES NOVO CAGED
Agrupamento | Admissões | Desligamentos | Saldo | Estoque | Vr. Relativa |
Serviços | 48 | 66 | -18 | 182 | -9% |
Comércio | 27 | 41 | -14 | 143 | -8,92% |
Agropecuária | 68 | 66 | 2 | 232 | 0,87% |
Construção | 11 | 3 | 8 | 20 | 66,67% |
Indústria | 112 | 79 | 33 | 299 | 12,41% |
Adm. Pública | | | | 236 | (*) |
Total | 266 | 255 | 11 | 1.112 | |
Dados ajustados até dezembro de 2020
(*) Fonte Caged/IBGE dezembro de 2019
Link Novo Caged :Novo Caged 2020
Geral
O país fechou o ano de 2020 com um saldo positivo no mercado de trabalho formal. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que o país gerou 142.690 vagas de carteira assinada no ano passado.
O resultado positivo do Caged foi possível porque, embora tenha fechado 15.023 milhões de vagas de carteira assinada na pandemia de covid-19, o Brasil criou outras 15.166 milhões de vagas ao longo de 2020. A recuperação foi observada, sobretudo, entre os meses de julho e novembro, e levou o estoque de empregos formais do país a 38,952 milhões de vínculos no fim do ano.
Uma parcela importante dessas vagas não foi criada por meio do contrato de trabalho tradicional. É que o contrato de trabalho intermitente, criado pela reforma trabalhista, teve saldo positivo de 73.164 empregos em 2020. Da mesma forma, a jornada em regime de tempo parcial registrou 13.143 postos de trabalho no ano.
Dezembro negativo
O resultado do Caged mostra ainda que a recuperação do mercado de trabalho formal perdeu força no fim do ano. É que, depois de cinco meses de geração líquida de vagas, o país voltou a fechar postos de trabalho formais em dezembro. No mês, o saldo foi negativo em 67.906 vagas.
Setores
O resultado positivo do Caged não chegou a todos os setores da economia brasileira. Segundo o Ministério da Economia, a geração de empregos formais foi puxada pela construção e pela indústria, que geraram 112.174 e 95.588 vagas em 2020, respectivamente. Já a agropecuária criou 61.637 vagas e o comércio, 8.130.
O setor de serviços, que representa cerca de 2/3 da economia e dos empregos no país, contudo, fechou o ano no negativo, com 132.584 vagas de trabalho perdidas. Afinal, o setor vem tendo mais dificuldades para se recuperar do baque sofrido na pandemia de covid-19, já que muitas das suas atividades dependem do contato social.
Regiões
O saldo positivo também não foi disseminado em todas as regiões do país, pois o Sudeste fechou o ano com uma redução de 88.785 vagas de carteira assinada. Todas as outras regiões, contudo, tiveram resultado positivo no Caged. O destaque positivo foi do Sul, com 85.500 novas vagas.
O Rio Grande do Sul
Já o Rio Grande do Sul, prejudicado pela pandemia e pela estiagem, ficou no vermelho no acumulado do ano. De janeiro a dezembro, o Estado perdeu 20.220 vagas, o segundo pior desempenho do Brasil.
Indústrias de carnes e máquinas puxam geração de empregos no agronegócio do RS. Em 2020, atividades ligadas ao setor primário geraram 11,6 mil vagas com carteira assinada no Estado
Ipê
Apesar da pandemia e da crise econômica, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério da Economia indica que Ipê fechou 2020 com saldo positivo para o emprego celetista em 11 vagas, equivalente a 1,27%, obtendo melhor desempenho do que Antônio Prado, por exemplo, com 0,84%. O estado do Rio Grande do Sul, fechou o mesmo período com saldo negativo, -0,80%.
Saldo animador
O saldo de 11 vagas positivas é animador. O município fechou o acumulado de 2020 com saldo de 11 empregos, decorrente de 266 admissões e 255 desligamentos. Em dezembro, mês crítico em diversas regiões e setores, fechou com acréscimo de 7 postos de trabalho (21 admissões ante 14 desligamentos). O saldo positivo de dezembro ocorreu em quatro de cinco grupamentos de atividades econômicas. A exceção foi a indústria, que teve redução de 4 vagas, o que mostra uma tendência de reocupação das vagas fechadas pelos setores que mais demitiram durante a pandemia: serviços e comércio. Serviços, por exemplo, admitiu 12 funcionários e demitiu 3, um saldo de 9 postos. No ano, o setor de serviços deixou um saldo negativo de -18 postos (48 admissões contra 66 desligamentos).
Dados por setor acumulado no ano de 2020:
Serviços: -18 postos
Comércio: - 14 postos
Agropecuária: 2 postos
Construção: 8 postos
Indústria: 33 postos
Alento e preocupação
De modo geral são dados alentadores para um ano tão atípico. Há preocupações de toda a sorte, em não se mantendo as políticas governamentais, como as empresas vão se sustentar, como continuarão dando conta de seus negócios, considerando que a maior parte dos benefícios, também às pessoas, será retirada do processo.
Saldo positivo
O acumulado do ano para Ipê, com saldo positivo de 11 postos de trabalho, chega a surpreender porque em meio à pandemia vem de 3 anos seguidos de sequência negativa. De 2007 a 2020, Ipê teve um saldo positivo de empregos gerados de 26 vagas.
Série histórica desde 2007
2007: 12 postos
2008: 35 postos
2009: 3 postos
2010: 67 postos
2011: 16 postos
2012: -10 postos
2013: 40 postos
2014: 42 postos
2015: -64 postos
2016: 2 postos
2017: -40 postos
2018: -38 postos
2019: - 30 postos
2020: 11 postos
Saldo Positivo no período: 26 postos
Número de empregos formais em 31 de dezembro de 2006: 1.096
Número de empregos formais em 31 de dezembro de 2019: 1.101
Número de empregos formais e, 31 de dezembro de 2021: 1.112
Fontes: Caged, Rais, Correio Brasiliense e Zero Hora.